O VARAL

Na batalha de Sarandi (12/10/1825), Osório, então um jovem Alferes do Exército, se destacou por ser o único oficial do Esquadrão a sobreviver, mas também por salvar a vida do seu comandante, que proferiu: “Hei de legar-lhe, Alferes, a minha lança, porque a levará aonde tenho levado”.

Atualmente, a “lança de Osório” pertence ao acervo do “Regimento Osório” e é empunhada pelos seus comandantes em atividades militares. O verdadeiro Exército é o Exército de Osório e o verdadeiro soldado é aquele que se espelha nos atos de Osório. Há aproximadamente meio século, as Forças Armadas atuais vêm passando por “mudanças” que a conduziram ao que são as Forças Armadas hoje que, em resumo, se tornaram mais técnicas e burocráticas. Até o culto às tradições militares foram se reduzindo a um discurso e a uma formatura com pouco entusiasmo da tropa. Nem o “31 de março” é tão empolgante e, ultimamente, seu festejo passou a ser quase um “incômodo” aos comandantes mais “politizados”.

O povo e o Brasil, hoje, são diferentes na sua essência? Ou são as Forças Armadas? Dizer que a “guerra é a continuação da política por outros meios” (Clausewitz), seria compreensível na época de Osório, quando os militares cumpriam as ordens dos seus comandantes. Aliás, nossos heróis eram forjados na guerra e as suas fardas, quando em campanha, só eram trocadas depois de meses de peleja ou, até, depois da vitória final. O cheiro dos tecidos eram o “aroma do combate”.

E hoje? Naquela época, uma ofensa às vezes era decidida na “espada”, pois “guerreiros” não discutem a sua honra. Atualmente, o povo brasileiro está sendo ofendido diuturnamente, há mais de um ano, por um “crápula e a sua corja de ladrões”. As ofensas são piores do que “cusparadas no rosto”. Muito piores, pois atingem a liberdade do povo.

E os comandantes militares, que adoram discursos lidos em vídeos de “última geração”, não se sentem ofendidos? O povo nas ruas, em frente aos quartéis, implorando ajuda dia e noite, esse se sente ofendido, e muito. O que mais falta para os generais se sentirem ofendidos? As Forças Armadas estão passando por um processo de mudanças drásticas. Ou retomam ao rumo histórico de Osório e Caxias ou se tornam, cada vez mais, uma “organização policial administrativa”, com total ausência da “hierarquia e disciplina militares”, do modo em que conhecemos e vivenciamos. Se, num ímpeto patriótico inspirado em nossos heróis, ocorrer a reação militar contra a Esquerda, então retornaremos ao “eixo histórico”. Se não houver a reação que o povo implora, a FARDA SERÁ UM MERO UNIFORME PENDURADO NO VARAL!

Elias Do Brasil

Texto circulado em grupos de WhatsApp em dezembro de 2022.

Foi assinado por Elias do Brasil e não há como garantir sua legitimidade, mormente diante de tantas notícias falsas, desvirtuadas e habilmente retiradas do adequado contexto.

Comentário de Ton Martins: para quem sonha com um mundo pacífico e livre de tiranias, vivemos um pesadelo.