6 OU MEIA DÚZIA?

O parlamento venezuelano rejeitou o novo mandato de Maduro que iniciará amanhã, dia 10.01.2019. O socialista Maduro tem opositores também socialistas, numa perfeita amostra do que seja a estratégia das tesouras.

A tirania socialista da Venezuela e de outros regimes em torno das falácias comunistas deflagraram uma crise humanitária de grandes proporções e uma fuga de sua população desesperada para os braços dos “malvadões” capitalistas que premiam o livre mercado e a descentralização de poder.

O êxodo venezuelano é considerado pela ONU o maior da história da região. Dois milhões e trezentas mil cidadãos fugiram do regime socialista venezuelano aliados da esquerda brasileira.

O que a extrema-esquerda midiática jamais comenta é que tipo de regime os líderes venezuelanos implementaram. Eu digo: o socialismo. Sim, o socialismo em suas variações comunistas e/ou coletivistas, em desprezo à propriedade privada, ao livre mercado e aos direitos individuais, meritórios e personalíssimos.

Alguns objetariam e argumentariam que esse não seria o “real” socialismo, mas infelizmente o socialismo real é esse mesmo. Os socialismo da mente dos socialistas é são irreais e utópicos. No mundo real, as pessoas fogem do socialismo.

Se você for sócio-comunista, peço sua tolerância pela franqueza de minha admoestação carinhosa. Feliz ou infelizmente, não existo para agradá-lo, mas sim para manifestar o que acredito ser assistencial e humanitário. Sim, um regime que provoque o êxodo de sua população em desespero não pode receber adjetivos elogiosos. A lógica aristotélica nos remete a uma conclusão que não nos agrada, mas detém incrível alinhamento com os fatos: o comunismo é monstruoso e deveria ser reconhecido como um crime contra a humanidade.

Alguns dos opositores de Maduro se declaram chavistas e outros “apenas” socialistas. Sim, a Venezuela está entre o despotismo de um lado e a tirania de outro. Eis o título deste texto: 6 ou meia dúzia? E para piorar, essa escolha não será livre e haverá truculento litígio entre os sócio-ditadores de plantão.

A retórica populista é forma nefasta de engodo aos enfraquecidos e desarmados cidadãos. Trata-se de uma população que sofre as consequências de terem acreditado nas falácias dos “lobos em pele de cordeiro”, repletos de frases melodiosas como “tudo pelo social” ou “pelo bem do povo”.

Nossa bandeira jamais deve estar entre a justiça individual ou social, mas acima delas para bradar simplesmente a Justiça, com “J” maiúsculo e desprovida de adjetivos. A Justiça se faz quando entregamos a cada um o que lhe pertence, tanto no campo material, com também e principalmente no campo espiritual.

A moral se faz quando não avançamos na jurisdição moral e patrimonial das famílias e indivíduo, ratificando a legítima defesa do cidadão contra quem quer que se atreva a atentar contra nossa dignidade. Finalmente, o altruísmo ocorre quando entregamos nosso próprio tempo e recurso em benefício do próximo.

Desejar que o outro entregue sua autonomia em prol do bem comum não é altruísmo, mas sim oportunismo. Se desejamos a bondade e o altruísmo, esqueçamos de criticar o próximo e foquemos no que cada um de nós podemos fazer pelo semelhante.

Fonte: http://bit.ly/2tw50Bw / Estadão