Brumadinho-MG e a ideologia política que despersonaliza

Nos meus artigos intitulados “Tragédias Naturais ou Humanas?” e “A Tragédia e o Decreto” associei a tragédia de Brumadinho-MG com a ideologia política que despersonaliza, coletiviza e socializa as responsabilidades individuais.

A intenção de liberar esmolas do FGTS para as vítimas é a penas a cortina de fumaça. O fato é que a tragédia NÃO é natural. Esse decreto é fruto de um utilitarismo de sarjeta. Ajuda no curto prazo e afunda o povo no longo.

Intenção boa? Talvez, mas com resultados catastróficos. O enquadramento correto seria CRIME AMBIENTAL COM MORTES e não DESASTRE NATURAL.

O FGTS (suposto objeto do decreto) sequer deveria existir, pois o dinheiro jamais deveria ser retido pelo governo, mas sim ficar diretamente com o trabalhador.

A profilaxia destas tragédias NÃO está em liberar FGTS (paliativo útil, mas ainda assim, mero paliativo), mas sim na punição exemplar dos responsáveis, o que ainda não ocorreu e que ficará muito mais difícil de acontecer em razão justamente da linha de defesa aberta pelo decreto ao considerar “natural” uma tragédia “humana, demasiadamente humana”.

O resultado está aí, ou seja, nova tragédia em Brumadinho.