BATTISTI, CEARÁ E QUARTO PODER

Os fatos todos conhecemos. O terrorista foi preso e o Ceará está sendo vítima do terror neste início de 2019. Tudo noticiado fartamente pela grande mídia. Mas será que temos uma história bem contada?

A principal notícia envolve a própria mídia, pois ela reluta em divulgar claramente que o criminoso internacional era protegido pela chamada esquerda brasileira ou, ao menos, por muito de seus representantes. A Itália obviamente optou pelo voo sem escalas no Brasil, num evidente temor de que nossa corte suprema voltasse a cometer atos vergonhosos de leniência com criminosos.

Este é o legado de uma esquerda delirante que governou o Brasil e que nomeou uma “suprema” corte absolutamente desacreditada pela população. O STF foi objeto de protestos nas grandes avenidas brasileiras. Parece-me que a exibição destes bonecos gigantes estampados com a face dos ministros e sob um coro uníssono e altissonante de frases como “puxadinho do PT”, além de adjetivos desabonadores diversos, foram vistos e ouvidos pelas autoridades mundiais.

A consequência natural e compreensível está no flagrante descredito do Supremo Tribunal Federal e o próprio Brasil. Portanto, a desconfiança e o odor fétido da impunidade sentido pelos italianos não me causa estranheza. A leniência vermelha com os criminosos nos deixou uma herança nada gloriosa e um estigma indigesto: a falta de credibilidade.

Enfim, apensar de termos trocado o Poder Executivo, muitos brasileiros percebem que a burocracia brasileira e nossa “suprema” corte ainda representam uma bola de ferro amarrada em nossos pés.

Rede Globo, onde estás? Artistas, Folha de SP, onde estão? Subsídios, leis Rouanet e ferramentas de genuflexão midiática ainda vivem, ainda que de forma agonizante. Não escuto desta mesma mídia vermelha – ou marrom, se preferirem – que o Ceará está sob a égide de governo petista e que os cearenses são vítimas históricas das influências de ideologias perversas, inclusive sob a batuta de figuras políticas que, hodiernamente, tentam desesperadamente se descolarem da pecha de bajuladores do famoso presidiário de Curitiba.

Sou contra vilipendiar ideólogos políticos. Todos podem acreditar naquilo que quiserem, mas o fanatismo vermelho e sua canga ideológica parece ser mais abundante que partículas de hidrogênio. A ignorância política e midiática ultrapassou o limite do razoável. A mídia tem o dever ético de contar a história toda e não ocultar dados maliciosamente, moldando a notícia conforme o interesse de seus manipuladores.

A ética jornalista está muito além da liberdade de imprensa ou de uma suposta isenção. A coluna vertebral da moral midiática está na primazia da realidade e na sua divulgação honesta, sem ocultações interesseiras ou ideológicas.

Infelizmente, a mídia brasileira está corrompida ideologicamente. A grande maioria de seus profissionais foram doutrinados e se comportam como títeres robotizados. O Brasil precisa desesperadamente libertar a mídia dos “incentivos” governamentais que, neste caso, funcionam como agentes escravizadores.

Quando o dinheiro público se desvia de suas vocações principais (saúde, educação básica e segurança pública) e adentra na jurisdição midiática, constatamos a ocorrência de um efeito humano, demasiadamente humano. Uma corrosão na ética jornalistísta subjuga a nobre a maravilhosa função informativa, transformando-a numa genuflexa teia de aduladores da mão que os alimenta.

Agora a boa notícia: ainda temos jornalistas honrados e com a coluna vertebral ereta. Esses heroicos amantes da verdade representam a esperança de conquistarmos uma mídia absolutamente independente de verbas públicas, a fim de que o interesse público – este sim – possa reinar neste fundamental seguimento social que, face à sua vital importância e força, detém o epíteto de quarto poder.

Fonte: http://bit.ly/2U09jkd

Sobre a leniência do STF: https://www.youtube.com/watch?v=12S1og_FgVI