ATRIBUTOS IMATERIAIS E MATERIALISMO

São atributos imateriais de nossa essência:

1. Inteligência
2. Raciocínio
3. Vontade
4. Consciência individual
5. Domínio próprio
6. Lógica
7. Percepção
8. Sensibilidade
9. Capacidade de concepção
10. Caráter

Peço licença chistosa para escrever que não podemos comprar dois potes de caráter ou três caixas de lógica no supermercado. O paradigma materialista advoga que tudo seria matéria e nossa existência dependeria da organização celular do nosso corpo físico.

Uma política materialista, onde valores morais ou imateriais não entrem em cena, termina inexoravelmente em luta entre grupos ou classes. Resta-nos algumas perguntas:

1. A quem interessa a divisão de nossa sociedade em coletivos conflituosos?
2. Qual ideologia política foca na luta de classes ou divisões sociais?
3. Definir caráter por coletividades não seria preconceito?

As respostas são óbvias. O marxismo e toda sua ramificação política coletivista desagua no confronto entre grupos. O nefasto preconceito consubstanciado na expressão “nós versus eles” não se coaduna com a prática do amor ao próximo, do respeito e do altruísmo.

Noto que pessoas bem-intencionadas e notadamente repletas de amor, não raro, são vítimas da retórica política que defendem esse coletivismo metodológico e seus regimes políticos como se fossem pacotes salvacionistas. Não são. Tais utopias, infelizmente, causam destruição, sofrimento e morte.

Sejamos pela vida, pelos bons costumes e principalmente pela verdade. Os atributos imateriais listados nesse texto nunca foram tão necessários e tão pouco usados nos debates políticos universitários. A chamada elite intelectual “social-democrata” (de fato, nem social, nem democrática) falhou miseramente e foi posta de joelhos pela implacável realidade.

Mises nocauteou Marx. Hayek venceu Keynes. A realidade educacional detonou Freire. O “Estado-de-bem-estar-social” não produziu nem bem-estar, nem emancipou a sociedade da miséria. De fato, essas falácias utópicas produziram mais miséria, ao invés de erradicá-la.

O gosto pode ser amargo para todos que acreditaram na retórica política da purpurina, mas “a vida como ela é” (para lembrar a expressão de Nelson Rodrigues) age como o mertiolate à moda antiga: arde, mas cura.

Urge nossa atenção para temas imateriais e atemporais, ou seja, para as verdades naturais e imutáveis que regem esse imenso universo multidimensional que nos circunda.